terça-feira, 3 de maio de 2011

Além da sala de aula - 6o ano - CMRJ: A História chegou ao blog do 6º Ano

Além da sala de aula - 6o ano - CMRJ: A História chegou ao blog do 6º Ano

África de todos nós

Desde 2003, a cultura africana faz parte do currículo. Descubra com seus alunos a riqueza das ciências, das tecnologias e da história dos povos desse continente


África, berço da humanidade

















Infelizmente, a imagem que se tem da África e de seus descendentes não é relacionada com produção intelectual nem com tecnologia. Ela descamba para moleques famintos e famílias miseráveis, povos doentes e em guerra ou paisagens de safáris e mulheres de cangas coloridas. "Essas idéias distorcidas desqualificam a cultura negra e acentuam o preconceito, do qual 45% de nossa população é vítima", afirma Glória Moura, coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade de Brasília (UnB).

Negros são parte da nossa identidade

O pouco caso com a cultura africana se reflete na sala de aula. O segundo maior continente do planeta aparece em livros didáticos somente quando o tema é escravidão, deixando capenga a noção de diversidade de nosso povo e minimizando a importância dos afro-descendentes. Por isso, em 2003, entrou em vigor a Lei no 10.639, que tenta corrigir essa dívida, incluindo o ensino de história e cultura africanas e afro-brasileiras nas escolas. "Uma norma não muda a realidade de imediato, mas pode ser um impulso para introduzir em sala de aula um conteúdo rico em conhecimento e em valores", diz Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, membro do Conselho Nacional da Educação e redatora do parecer que acrescentou o tema à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

A cultura africana oferece elementos relacionados a todas as áreas do conhecimento. Para Iolanda de Oliveira, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense, se a escola não inclui esses conteúdos no planejamento, cada professor pode colocar um pouco de África em seu plano de ensino: "Não podemos esperar mais para virar essa página na nossa história", enfatiza. Antes de saber como usar elementos da cultura africana em cada disciplina, vamos analisar alguns aspectos da história do continente e os motivos que levaram essas culturas a serem excluídas da sala de aula.

O ensino de História sempre privilegiou as civilizações que viveram em torno do Mar Mediterrâneo. O Egito estava entre elas, mas raramente é relacionado à África, tanto
que, junto com outros países do norte do continente, pertence à chamada África Branca, termo que despreza os povos negros que ali viveram antes das invasões dos persas,
gregos e romanos.

A pequisadora Cileine de Lourenço, professora da Bryant University, de Rhoad Island, nos Estados Unidos, atribui ao pensamento dos colonizadores boa parte da origem do preconceito: "Eles precisavam justificar o tráfico das pessoas e a escravidão nas colônias e para isso ‘animalizaram’ os negros". Ela conta que, no século 16, alguns zoológicos europeus exibiam negros e indígenas em jaulas, colocando na mesma baia indivíduos de grupos inimigos, para que brigassem diante do público. Além disso, a Igreja na época considerava civilizado somente quem era cristão.

Uma das balelas sobre a escravidão é a idéia de que o processo teria sido fácil pela condição de escravos em que muitos africanos viviam em seus reinos. Essa é umainvenção que não passa de bode expiatório: a servidão lá acontecia após conquistas internas ou por dívidas – como em outras civilizações. Mas as pessoas não eramafastadas de sua terra ou da família nem perdiam a identidade.

Muitas vezes os escravos passavam a fazer parte da família do senhor ou retomavam a liberdade quando a obrigação era quitada com trabalho. Outra mentira é que seriam povos acomodados: os negros escravizados que para cá vieram revoltaram-se contra a chibata, não aceitavam as regras do trabalho nas plantações, fugiam e organizavam quilombos.

A exploração atrapalhou o desenvolvimento

A dominação dos negros pelos europeus se deu basicamente porque a pólvora não era conhecida por aquelas bandas – e porque os africanos recebiam bem os estrangeiros,tanto que eles nem precisavam armar tocaias: as famílias africanas costumavam ter em casa um quarto para receber os viajantes e com isso muitas vezes davam abrigo aoinimigo. Durante mais de 300 anos foram acaçambados cerca de 100 milhões de mulheres e homens jovens, retirando do continente boa parte da força de trabalho e rompendo com séculos de cultura e de civilização.

Nesta reportagem, deixamos de lado de propósito a capoeira, embalada pelo berimbau; a culinária, enriquecida com o vatapá, o caruru e outros quitutes; as influências musicais do batuque e a ginga do samba e dos instrumentos como cuícas, atabaques e agogôs. Preferimos mostrar conteúdos ligados às ciências sociais e naturais, à Matemática, à Língua Portuguesa e Estrangeira e a Artes, menos comuns em sala de aula, para você rechear a mochila de conhecimentos dos alunos sobre a África.

Além da sala de aula - 6o ano - CMRJ: A História chegou ao blog do 6º Ano

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http://revistaescola.abril.com.br/img/historia/187-africa.jpg

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Conteúdos  
 
Culturas indígenas da América e globalização

Habilidade


Perceber a diversidade da arte indígena e sua presença na sociedade contemporânea


Tempo estimado
(Duas aulas)

A reportagem focaliza a arte dos astecas, uma das mais importantes culturas existentes nos continente americano antes do século XVI. Os súditos de Montezuma estavam em boa companhia. Ao sul dos domínios do "último imperador" encontravam-se os maias, que também desenvolveram produções artísticas refinadas. Na América do Sul, salientaram-se as criações dos incas, senhores de um império andino que se estendia do Equador ao Chile. E também as peças de cerâmica e pedra de sociedades de estruturas mais simples, encontradas no atual território brasileiro.

Tudo isso remete à incrível riqueza da arte nativa americana, expressão de diversidade cultural. Explore com a turma os tesouros indígenas, com base na reportagem e neste plano de aula.

Atividades




1ª aula – Conte que, antes da chegada dos europeus, havia na América uma profusão de sociedades, desde as civilizações agrícolas e mercantis dos astecas, maias e incas, organizadas em Estados e cidades, até as estruturas menos complexas encontradas no atual território brasileiro. Entre elas estavam os Marajoara, Santarém e Guarita, da Região Amazônica, e os Tupi e os Guarani, que ocupavam a faixa litorânea. Todas desenvolveram uma refinada produção artística, sobretudo com seus artefatos cerâmicos e de pedra e sua magnífica arte plumária.

A chegada dos homens brancos contribuiu em muito para a destruição desses povos. Espanhóis, portugueses e ingleses, principalmente, se aventuraram a atravessar o Atlântico em busca de riquezas na América e trouxeram cavalos e armas muito superiores às dos nativos. Além disso, disseminaram doenças como a varíola, contra as quais os indígenas não apresentavam resistência, que acabaram por dizimar um enorme número de indivíduos. Desse modo, impuseram aos habitantes locais sua língua, estrutura social, religião e arte. Como informa a revista, os colonizadores consideravam os ameríndios como bárbaros, primitivos e ignorantes, simplesmente porque tinham um modo de viver diferente daquele do Velho Mundo. O europeu acreditava estar fazendo um favor ao “civilizar” os indígenas.

Grande parte das tradições nativas foi perdida, mesmo porque muitos desses povos acabaram completamente exterminados. No entanto, algumas marcas permaneceram, e contribuíram para moldar expressões artísticas que incorporaram elementos europeus e americanos. Foi o caso da chamada escola de Cuzco, que originou no século XVII um tipo de pintura que associava características da pintura barroca europeia a alguns traços da herança indígena do Peru. Destacam-se também, do mesmo período, os trabalhos elaborados por influência dos padres jesuítas nas Missões, aldeamentos criados para a catequese. Os missionários estiveram em diferentes regiões da América, como a Bolívia, o Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai. A produção realizada pelos indígenas sob a orientação dos padres, embora seguisse a proposta católica, apresenta traços de sua própria visão de mundo. Alguns exemplos podem ser encontrados no Museu das Missões, localizado em São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul.

Acrescente que gradativamente manifestaram-se alguns sinais da resistência dos grupos nativos e mestiços, com iniciativas voltadas à recuperação das raízes da América Latina. Por exemplo, a arte mexicana do século XX foi marcada pelas obras de pintores muralistas como Diego Rivera, David Siqueiros e José Clemente Orozco, que abordaram questões sociais, como as ligadas aos indígenas latino-americanos.

No Brasil, muitos grupos têm se preocupado com a preservação das etnias indígenas que não foram dizimadas, cuidando para que seu rico patrimônio não se perca.

É importante tornar claro que a ideia de “índio” como um termo generalizante corresponde a uma perspectiva deturpada da realidade. Trata-se ainda de um resquício da visão do colonizador, que nivelava os nativos, considerando-os idênticos. O território brasileiro conta com uma grande diversidade de nações, cada uma com idioma, costumes e mitos próprios – ticuna, karajá, assurini, kayapó, bororo, araweté, baniwa, canela, kadiwéu e tantas outras. Sugira uma rápida pesquisa na internet sobre a arte desses grupos.

Examine com os alunos as imagens obtidas na investigação, correspondentes a objetos representativos das artes indígenas como a plumária, a cestaria, a tecelagem e a cerâmica. Enfatize a riqueza desses itens, intimamente ligados a todo um universo de crenças que refletem uma profunda e respeitosa relação para com a natureza. Comente, ainda, a respeito dos mitos e lendas indígenas, que guardam algumas de suas mais ricas tradições.

Para a aula seguinte, peça que os estudantes ampliem o foco e realizem um levantamento de imagens referentes ao indígena ontem, hoje e amanhã. As imagens devem ser levadas para a sala de aula juntamente com cola, tesoura e cartolina branca. 



 Diadema bororo: usado pelos homens em rituais e cerimônias. Foto: Museu de Arqueologia e Etnologia da USP – SP/reprodução

 
 
 
São Lourenço: obra em madeira policromada do século XVIII.
Foto: Museu das Missões- RS/reprodução
 
 




Vaso de Cariátides: obra da cultura santarém. Foto: Museu Paraense EmílioGoeldi/reprodução


2ª aula – Ressalte que, se no passado os colonizadores apagaram boa parte das expressões dos nativos americanos, hoje ocorrem processos de colonização cultural favorecidos pela tecnologia que liga o mundo inteiro. Esse quadro oferece riscos de massificação em um nível jamais visto, pela qual se descaracterizam as manifestações tradicionais e se diluem as diferenças individuais, que poderiam conduzir à originalidade.

O processo chamado de globalização cultural não é igualitário e concede as melhores oportunidades aos países desenvolvidos. Assim, as expressões populares, nascidas e enraizadas nos costumes do povo, correm sério risco de desaparecer, já que interesses poderosos tendem a se sobrepor aos dos países periféricos.

Divida a classe em grupos e proponha análises seguidas de debates a respeito das mudanças provocadas pela globalização. Um dos temas pode ser a influência na cultura dos diferentes países, desde o fast food, até o constante uso de palavras extraídas da língua inglesa. Também pode ser discutido o modo como os indígenas estão impregnados pela cultura do “homem branco”, usando camisetas e calções de náilon, embora ao mesmo tempo se esforcem para não perder a identidade.

Para terminar, os grupos devem realizar uma colagem tendo como tema “As culturas indígenas e a sociedade contemporânea”. Para isso, leve-os a utilizar materiais levantados em livros, jornais, revistas e sites, observando sempre as questões que envolvem a multiculturalidade desses povos. É possível, por exemplo, explorar imagens de uma mesma etnia em diferentes épocas.

Ao final, as colagens podem ser reunidas, compondo um único painel para ser exposto na escola.


Além da sala de aula - 6o ano - CMRJ: Aprendendo matemática

Além da sala de aula - 6o ano - História

Acho que a interdisciplinalidade levantada pelo professor José carlos é bem interessante. Mas gostaria de ressaltar que as avaliações não apresentam estas características. São questões diretas, que necessitam de muita leitura e gravação de memória.

Gostaria de contribuir com um texto bem interssante tirado da revista NOVA ESCOLA.

Brancos e negros da terra
Em 1584, o padre José de Anchieta avaliou a população brasileira em 57.000 pessoas: 18.000 índios, 14.000 negros e 25.000 "brancos da terra". Esse termo abrangia algumas centenas de portugueses e milhares de mamelucos, filhos de lusitanos com mulheres indígenas. Estas eram as únicas parceiras disponíveis, pois as primeiras portuguesas - três irmãs - só desembarcaram no Brasil em 1551. Além disso, as uniões com as índias forneciam aos portugueses aliados e mão-de-obra. O exemplo mais conhecido foi o do ex-náufrago João Ramalho, que favoreceu a ocupação do planalto de Piratininga. Segundo o testemunho do padre Manoel da Nóbrega, escrito em 1553, "(...) Nesta terra está um João Ramalho (...) muito conhecido e muito aparentado com os índios. Ele e seus filhos andam com irmãs e têm filhos delas, tanto o pai como os filhos. Vão à guerra com os índios e as suas festas são de índios e assim vivem andando nus como os mesmos índios." (A Fundação do Brasil: Testemunhos (1500-1700), de Darcy Ribeiro e Carlos de Araújo Moreira Neto).

Desse modo, foram geradas as bases de uma cultura que não era indígena nem européia, mas uma combinação contraditória das duas. Nos séculos seguintes, os indígenas foram dizimados (veja quadro). Mas aumentaram os contingentes de "brancos da terra" e de escravos africanos. Calcula-se que entre 1550 e 1850, quando a Lei Eusébio de Queiroz pôs fim ao tráfico negreiro, cerca de 5 milhões de negros tenham desembarcado no Brasil.

A presença africana trouxe novos elementos para a cultura e para o processo de mestiçagem brasileira. Além disso, os três séculos de domínio escravista marcaram profundamente a vida social. Nem é preciso dizer que o preconceito racial foi uma herança da escravidão. Podemos mencionar ainda a distinção entre trabalho manual e intelectual. Os trabalhos mais pesados, que exigiam força física, estavam reservados aos escravos - e até hoje nossa sociedade valoriza o trabalho intelectual e paga salários miseráveis aos que executam trabalhos chamados braçais. Mais ainda, no Brasil colonial, pouco espaço sobrava para o homem livre e pobre. Não podia sujeitar-se ao trabalho manual, nem tinha ocupação que o mantivesse. A única solução era sujeitar-se ao senhor de engenho, tornando-se seu subalterno e apadrinhado. Nascia aí um modelo em que, na falta de um Poder Público que garantisse direitos mínimos aos cidadãos, erigia-se o poder privado dos senhores rurais.

Após a extinção do tráfico de escravos, o governo brasileiro passou a financiar a vinda de imigrantes europeus para o Brasil: a cafeicultura, em constante expansão, necessitava de braços. Entre 1880 e 1940 vieram mais de 4 milhões de imigrantes somente para o Estado de São Paulo. Levas menores foram para o Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A população de cidades como São Paulo duplicou. No entanto, a grande maioria dos imigrantes foi enganada por contratos que prometiam o paraíso, mas os transformavam no substituto mais barato do escravo negro. Muitos colonos trabalhavam sob feroz vigilância, sem poder deixar as fazendas. Surgiu daí um brasileiro de improviso, que foi expulso da terra natal e violentado em seus sonhos ao chegar na nova terra. Ele sonha em voltar à antiga pátria, mas reconhece que seu lugar é aqui. Cultiva tradições de seu local de origem, mas já o faz de maneira brasileira.

Em meio a tudo isso, poderíamos perguntar: quem são os brasileiros, afinal? Em primeiro lugar é preciso dizer: não são os índios, os negros, os brancos de Portugal ou de outros países. Não se trata de identificar raças, mas sim culturas e modos de organização social. O brasileiro constrói a sua identidade a partir dessa fundação plural, na qual estão presentes elementos da cultura européia, indígena e africana. Isso não quer dizer que vigora uma democracia racial no Brasil. Mas a superação do racismo não é uma luta somente da classe média negra ou do conjunto dos afro-brasileiros. É uma luta de todos aqueles que, independentemente da raça, fazem parte de uma cultura que se constitui pelo princípio da mistura e tem seus valores construídos e enraizados a partir dela.

Atividades (que acho bem interessante)
1. Peça aos alunos um levantamento das frases populares em que se que discriminam os negros. A partir daí, pode-se verificar como a cultura negra se insere na lógica de constituição da cultura brasileira.

2. Coloque em debate o racismo nos EUA e no Brasil, comparando as diferenças entre uma sociedade que define claramente o "lugar" de cada etnia e outra que parece fingir que não é racista.

A formação do povo brasileiro
No livro O Povo Brasileiro, Darcy Ribeiro calcula em 5 milhões a população indígena no momento da chegada de Cabral. Os grupos litorâneos seriam os primeiros a ser dizimados

Ilustrações: Jardim

Há no Brasil 50.000 "brancos da terra" - filhos de brancos com índias em sua esmagadora maioria – 30.000 negros, 120.000 índios integrados ao projeto colonial e 4 milhões de índios isolados

Ilustrações: Jardim

Há tantos escravos negros quanto brancos/mestiços. Mas a população indígena cai pela metade, vítima das doenças do homem branco e das campanhas de extermínio

Ilustrações: Jardim

O Brasil volta a ter 5 milhões de habitantes. Agora, porém, os índios são apenas 1,5 milhão - o mesmo número de escravos negros - enquanto os brancos/mestiços atingem 2 milhões

Ilustrações: Jardim

A imigração favorece o crescimento da população branca. Também aumenta o número de mestiços (pardos, em vez de "brancos da terra") e diminuem os contingentes de negros e indígenas

Ilustrações: Jardim

Entre os 162 milhões de brasileiros, 55,2% são descendentes de imigrantes e de "brancos da terra", 6% de negros e 38,2% de pardos. O número de índios tende a voltar a crescer



* não foram consideradas outras minorias

Veja também:

BIBLIOGRAFIA
O Povo Brasileiro
, Darcy Ribeiro, Cia das Letras - tel.: (11) 3707-3500 begin_of_the_skype_highlighting (11) 3707-3500 end_of_the_skype_highlighting
O que Faz o Brasil, Brasil?, Roberto DaMatta, Ed. Rocco - tel.: (21) 3525-2000 begin_of_the_skype_highlighting (21) 3525-2000 end_of_the_skype_highlighting